A Dra. Kaliny Trevezani destaca a relevância de identificar a hipermobilidade, caracterizada pela frouxidão dos ligamentos , em crianças e adolescentes dentro do espectro autista. Estudos indicam uma prevalência considerável de hipermobilidade entre indivíduos com autismo, o que levanta a necessidade de atenção especial para os sintomas que acompanham essa condição. A identificação precoce e o diagnóstico preciso são essenciais para oferecer um suporte que melhore a qualidade de vida dessas crianças.
Os sintomas mais comuns incluem dor crônica, baixo tônus muscular, fadiga, disfunções gastrointestinais e alergias inexplicáveis, fatores que podem interferir diretamente no desenvolvimento físico e emocional. No entanto, esses sinais frequentemente passam despercebidos, já que a hipermobilidade muitas vezes se apresenta de maneira sutil. Para o diagnóstico preciso, a Dra. Kaliny Trevezani reforça a importância de um olhar multidisciplinar, que envolva não apenas o pediatra, mas também outros profissionais como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e reumatologistas, para uma avaliação mais completa.
O papel do pediatra e de uma equipe integrada é essencial no manejo de crianças com autismo e hipermobilidade. Um acompanhamento atento permite desenvolver estratégias de tratamento que incluem exercícios para fortalecimento muscular, controle da dor, manejo da fadiga, da disautonomia e das alergias, além de melhorias na postura. Além disso, o suporte integrado ajuda a minimizar o impacto da hipermobilidade no cotidiano, proporcionando maior independência e conforto à criança.
A abordagem cuidadosa e abrangente, enfatizada pela Dra. Kaliny Trevezani, também contribui para o bem-estar psicológico, uma vez que a hipermobilidade pode afetar a autoestima e o engajamento social da criança. Assim, a atenção precoce e o cuidado interdisciplinar são fundamentais para um desenvolvimento mais saudável, promovendo uma infância com mais qualidade de vida e autonomia.
A inclusão de atividades adaptadas, como fisioterapia especializada e terapia ocupacional, pode ser essencial para desenvolver habilidades motoras e promover a resistência física. Essas práticas auxiliam na prevenção de lesões articulares e na melhora do equilíbrio, proporcionando uma base mais sólida para o crescimento saudável e autônomo da criança.
Para fortalecer ainda mais a abordagem multidisciplinar no cuidado com crianças autistas com hipermobilidade, a Dra. Kaliny Trevezani destaca a importância de uma orientação contínua aos pais e cuidadores. Esse suporte envolve desde o esclarecimento sobre os desafios diários até a introdução de práticas de autocuidado e ajustes na rotina. Além disso, o trabalho conjunto entre família e profissionais amplia as possibilidades de intervenções adaptadas às necessidades da criança, contribuindo para um ambiente mais acolhedor e favorável ao seu desenvolvimento físico e emocional. Essa parceria entre equipe de saúde e família é um pilar essencial para uma infância mais equilibrada e saudável.